Você está considerando investir em fundos de investimento? Este artigo discute os tipos de fundos, como calcular seu rendimento, explica como ocorre a tributação e quais taxas são cobradas ao investir neles.
Tire suas dúvidas, como:
Fundos de investimentos são aplicações que coletam valores de vários investidores (cotistas) com o objetivo de lucrar com a compra e venda de títulos, valores mobiliários, cotas de outros fundos ou bens imobiliários no Brasil ou no exterior.
Os fundos de investimentos são como condomínios. Eles podem ser abertos, o que significa que os investidores podem solicitar o resgate das cotas de acordo com as regras do fundo, ou fechados, o que significa que os resgates acontecem no prazo de vencimento do fundo.
Os fundos de investimento podem ou não estabelecer um objetivo de desempenho; no entanto, em geral, eles são atrelados a um indicador como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
O investimento em fundo requer gestão profissional. Isso significa que, ao investir seu dinheiro em um fundo, o investidor o deixa a cargo de um gestor. Esse gestor determinará como o fundo será distribuído em renda fixa e variável, com todas as restrições estabelecidas pelo regulamento do fundo.
Os fundos de investimentos podem ser de renda fixa, cambial, ações ou multimercados.
Cada um deles investe de acordo com regras específicas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em sua Instrução n.o 555/2014. Essas regras estabelecem limites mínimos e máximos para aplicação de ativos e derivativos específicos.
Por exemplo, um fundo de ações deve destinar 67% de seu patrimônio a renda variável. Já os cambiais devem destinar 80% do dinheiro a contratos em moedas estrangeiras.
Uma parte de um fundo de investimentos é chamada de cota. Na verdade, fazendo um aporte de capital, você está adquirindo cotas, ou uma parte, do fundo. O valor do patrimônio total é a soma de todas as cotas compradas pelos investidores.
Assim, o valor da cota muda todos os dias, mas a quantidade total de cotas permanece a mesma. Ela só será alterada em caso de resgate, nova aplicação ou come-cotas de imposto de renda antecipado.
Para o investidor, os fundos de investimentos podem ser como uma aplicação comum: um aporte é feito e o investidor pode acompanhar regularmente os rendimentos.
No entanto, deve-se prestar atenção aos aspectos distintos desse tipo de investimento, como a cobrança do Imposto de Renda, as taxas (administração, desempenho e saída), prazos de resgate, políticas de investimentos, entre outras coisas.
Para investir em fundos de investimentos, você deve primeiro encontrar uma corretora ou um banco de investimentos que você confie, que ofereça taxas atraentes, retornos atraentes e, de preferência, forneça suporte confiável em todas as suas aplicações.
Então você deve abrir uma conta nessa instituição financeira e estudar seus fundos de investimentos. Um bom banco de investimentos pode ajudá-lo a começar com mais confiança neste momento.
Por exemplo, ao se registrar no BTG Pactual digital, você passa por um teste para determinar seu perfil de investidor.
Depois disso, com base nessa avaliação, que inclui patrimônio, visão de risco e outros fatores, você poderá selecionar fundos que correspondam melhor ao seu perfil de investimentos.
Você pode encontrar informações detalhadas sobre o nome do fundo, o tipo, o histórico, o perfil de risco e o investimento mínimo na plataforma BTG Pactual Digital, para que você possa obter uma melhor informação e fazer as melhores escolhas.
Após escolher um fundo que gosta, você pode fazer o investimento inicial usando um home broker, um sistema digital que facilita todas as suas operações.
Assim, pode monitorar e analisar os relatórios de desempenho diariamente.
A Anbima classifica fundos de investimentos em quatro categorias principais: renda fixa, ações, multimercados e cambiais.
Os fundos de renda fixa se concentram em ganhar dinheiro investindo em ativos de renda fixa (também são aceitos títulos sintetizados por derivativos). Eles usam estratégias que levam em consideração o risco de juros e de índice de preços. Estratégias com exposição em renda variável, como ações, não são aceitas aqui.
A carteira de fundos de ações inclui principalmente ativos de renda variável, ações à vista, certificados de depósito de ações, bônus ou recibos de subscrição, cotas de fundos de índice de ações e cotas de fundos de ações. Devem ter pelo menos 67% dessas aplicações na carteira.
Os fundos multimercados são os mais dinâmicos e podem usar estratégias extensas e complexas sem estar limitados a investir em ativos ou derivativos específicos.
São fundos que têm políticas de investimento que levam em consideração uma variedade de fatores de risco, mas não se concentram em um.
Os fundos cambiais são compostos por aplicações com pelo menos 80% dos ativos (sem risco de crédito) relacionados diretamente a moedas estrangeiras ou sintetizados por derivativos. Por exemplo, podem ser interessantes para aqueles que têm contratos em moeda estrangeira como forma de proteção.
Os fundos de investimentos oferecem a oportunidade de diversificar significativamente seu portfólio de aplicações sem definir as distribuições uma a uma, o que significa que você pode contar com um gestor qualificado, o qual é remunerado.
A aplicação em fundos faz muito sentido porque permite que os investidores comuns se exponham a ativos e derivativos menos acessíveis.
Por exemplo, ter um fundo permite que você coloque seu dinheiro em lugares onde os maiores e mais conhecidos administradores de fortunas do país deixam seu capital – algo que seria impossível se você estivesse trabalhando por conta própria.
A necessidade de seu envolvimento direto em todas as etapas torna essa diversificação muito mais difícil.
Além de um capital mínimo, é necessário um conhecimento profundo de finanças e economia, bem como um monitoramento constante de todos os índices, indicadores e notícias do mercado.
Além disso, cada fundo tem vantagens específicas baseadas em seu perfil de investimento. Fundos DI, por exemplo, perseguem o CDI com liquidez diária para aqueles que buscam uma aplicação com alta liquidez. Trata-se de um destino muito mais atraente do que a poupança se você tiver dinheiro com o qual você não pode contar por muito tempo.
Investidores com contratos em moeda estrangeira são uma situação adicional. Considere a situação em que você tem uma dívida elevada em dólares com vencimento em dois anos.
Estará sujeito a flutuações bastante arriscadas até o momento do pagamento se você tiver todas as suas reservas em dinheiro real. Você pode perder muito dinheiro se o dólar disparar.
Como investem uma parte significativa de seu patrimônio em ativos e derivativos relacionados a moedas, os fundos cambiais podem ser uma alternativa bastante atraente nessa situação.
Os fundos de ações são uma outra situação intrigante, pois funcionam como um meio de aplicação em ações para aqueles que não estão familiarizados com as estratégias de distribuição de papéis. Assim, você pode confiar na experiência do gestor, que será aplicada aos ativos que mais parecem ter potencial.
As desvantagens dos fundos variam muito de acordo com o tipo de investidor que você tem. Não há dúvida de que as taxas de administração, as taxas de performance, as taxas de saída, os prazos e as taxas de tributação com recolhimento antecipado são um dilema. No entanto, como mencionamos anteriormente, é necessário calcular o rendimento líquido descontando todos os custos.
Investir em fundos de investimentos custa mais do que aplicar LCI/LCA. Em fundos, há uma taxa de administração e, as vezes, taxas de performance e saída. Além disso, deve-se levar em consideração a tributação, que na maior parte dos casos é antecipada por meio de come-cotas, aquela coisa estranha que tira parte dos lucros.
Uma coisa boa é que deixar as decisões a cargo de um gestor é bom, mas uma coisa ruim é que você perde autonomia se tiver interesses específicos em ações ou ativos específicos.
É importante lembrar que, caso deseje, a aplicação em fundos não o impede de operar no mercado à vista.
Aqueles que consideram investir em fundos de investimentos devem levar em consideração todas as despesas associadas.
Não se trata de uma aplicação como poupança ou LCI/LCA, cujo rendimento previsto é o que você verá no resultado, apesar do baixo valor. A taxa varia.
A taxa de administração de cada fundo de investimento varia de acordo com o tipo de fundo. Por exemplo, fundos multimercados geralmente cobram taxas maiores do que fundos de renda fixa.
Essa taxa varia bastante de acordo com o fundo e a instituição financeira que o fornece, mas é um percentual anual do valor total do investimento.
Ao analisar a história de um fundo, lembre-se de que o desconto da taxa de administração já está incluído no rendimento apresentado.
Muitos fundos cobram uma taxa de performance, que é um percentual em caso de rendimento superar um índice previamente informado, além da taxa de administração.
Essa meta é chamada de “benchmark” e pode ser o CDI, o Índice Bovespa ou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A taxa de performance recompensa os gestores competentes por gerar retornos maiores, embora isso possa parecer estranho às vezes.
Considere o lado positivo: se você pagar uma taxa de performance, isso indica que o fundo superou a estimativa de valorização, o que significa que mais dinheiro entra em seu bolso.
A taxa de saída é cobrada pela administração do fundo quando o investidor decide resgatar os valores antes do prazo de resgate estabelecido pelo regulamento. A taxa varia de acordo com a instituição financeira e o fundo, mas o regulamento exige que a instituição financeira preveja essa taxa e permita o resgate “antecipado”.
Assim, se, por exemplo, você precisar de dinheiro no segundo mês depois de assinar um fundo com um prazo de resgate de 90 dias, você será obrigado a pagar uma taxa de saída. Essa taxa é normalmente expressa em um percentual do valor a ser resgatado e, posteriormente, é revertida ao fundo.
Se você se assusta ao ouvir sobre impostos ou taxas de administração, lembre-se de pensar apenas no rendimento líquido, e não no rendimento bruto, quando faz investimentos. Com base em todas as despesas, quanto de fato seu dinheiro se valorizou?
A poupança é uma aplicação popular que não tem Imposto de Renda nem taxa de administração.
Além disso, você sabe quanto ela rende? Muito pouco.
Seu desempenho em 2015 diminuiu o poder de compra dos investidores em 2,28%. Seu ganho real foi de 1,9% em 2016.
A tributação de fundos de investimento varia de acordo com o tipo de fundo e o tempo de aplicação.
No resgate de fundos de investimento de renda fixa, a alíquota do Imposto de Renda geralmente cai com o tempo, assim como em um CDB (Certificado de Depósito Bancário). Para alguns fundos, o problema é chamado de “come-cotas”.
Os fundos de ações não estão sujeitos ao Imposto de Renda. Estes têm a incidência do IR de 15% sobre o rendimento bruto apenas no resgate, independentemente do tempo de aplicação, o que os distingue da maioria dos outros fundos. Aqui não há come-cotas, e você verá os efeitos disso a seguir.
O termo “come-cotas” refere-se à antecipação do pagamento do Imposto de Renda em fundos de investimento de longo prazo ou curto prazo, como cambiais renda fixa e multimercados. Esse nome se deve à dedução de cotas dos fundos a cada semestre, em taxas de 20% ou 15%.
Está ficando confuso com essa história de come-cotas? É mais fácil do que você pensa.
A cobrança de Imposto de Renda nos fundos cambiais, renda fixa e multimercados é feita usando uma tabela regressiva com base no tempo de aplicação.
Um sistema conhecido como come-cotas antecipa esse imposto retido na fonte. Em vez de pagar apenas no momento do resgate, como acontece com fundos de ações ou CDBs, o come-cotas é emitido a cada seis meses, no último dia de maio e no final de novembro.
O resultado é uma redução no percentual do imposto sobre os rendimentos.
Em cada tipo de fundo, a alíquota do come-cotas é a menor possível. Conforme demonstrado na tabela acima, a cobrança é de 20% dos ganhos em fundos de curto prazo e 15% em fundos de longo prazo.
No final das contas, o resgate é o cálculo da diferença entre o valor antecipado pelo come-cotas e a alíquota do Imposto de Renda em que o investimento se encaixa com base no tempo de aplicação.
Mas se o imposto fosse cobrado apenas no resgate, não seria o mesmo? Isso não é verdade porque, devido aos juros compostos, o valor do investimento continuaria rendendo durante toda a aplicação.
Assim, o investidor deve considerar o come-cotas como um pequeno custo.
Para saber realmente quanto você pode ganhar com um fundo de investimento, você deve primeiro saber se o fundo está querendo investir é de longo ou curto prazo.
Para isso, você deve consultar sua corretora ou banco de investimentos ou ler o regulamento completo do fundo. Você encontrará todas as informações sobre funcionamento, taxas, desempenho e até a política de aplicação no regulamento.
O Imposto sobre Operações Financeiras é um imposto mais severo do que o de renda para quem pretende resgatar fundos em curto prazo. A taxa é de 96% sobre o rendimento para uma aplicação de um dia.
No caso de resgate de fundos de investimentos em ações, o IOF incidente em resgates de curto prazo não é aplicável.
Uma tabela regressiva é usada para calcular o IOF com base no tempo de aplicação, que varia de um dia a trinta dias:
Dias corridos do IOF sobre rendimento
Dias corridos | IOF sobre rendimento | Dias corridos | IOF sobre rendimento |
1 | 96% | 16 | 46% |
2 | 93% | 17 | 43% |
3 | 90% | 18 | 40% |
4 | 86% | 19 | 36% |
5 | 83% | 20 | 33% |
6 | 80% | 21 | 30% |
7 | 76% | 22 | 26% |
8 | 73% | 23 | 23% |
9 | 70% | 24 | 20% |
10 | 66% | 25 | 16% |
11 | 63% | 26 | 13% |
12 | 60% | 27 | 10% |
13 | 56% | 28 | 6% |
14 | 53% | 29 | 3% |
15 | 50% | 30 | 0% |
Entendeu como a cobrança do IOF é feita? Assim, fique atento a qualquer investimento com menos de 30 dias.
Os fundos de investimentos indicam os fatores de risco em seus formulários de informações complementares e regulamentos. Além disso, seu administrador classifica-os em uma escala de risco em suas lâminas de informações essenciais; podem ser considerados conservadores, moderados ou sofisticados. Esses riscos estão associados às aplicações dos fundos e à maneira como eles funcionam.
Os fundos renda fixa investem preferencialmente em títulos do governo. O risco de calote ou desvalorização é mínimo neste caso.
No entanto, fundos multimercados com um perfil de risco mais aberto investem mais em renda variável e menos em renda fixa, como ações e derivativos. O potencial de ganhos e perdas é maior neste caso.
Ao falar sobre riscos, é importante lembrar que não há risco de perder seu dinheiro devido a uma falha da corretora ou do banco de investimentos. Isso se deve ao fato de que o capital dos fundos deve ter sua própria escrituração contábil e que o administrador não pode ver as contas e demonstrações contábeis dos fundos. Assim, é correto dizer que seu dinheiro está totalmente separado do dinheiro da instituição financeira.
Como demonstramos, os fundos de investimento são opções de aplicação intrigantes que oferecem uma diversificação significativa ao seu portfólio.
Para escolher um, você deve examinar cuidadosamente o regulamento, o formulário de informações complementares e a coleção de informações essenciais, que contém todos os detalhes sobre taxas, investimentos e práticas, como alavancagem.
Ao examinar essas opções, certifique-se de escolher um fundo que corresponda ao seu perfil, seja ele arrojado, moderado ou conservador.
Além disso, verifique cuidadosamente o registro de todos os meses e anos desde a criação, se possível.
Assim, você pode ter certeza de que está investindo em um fundo que será uma parte significativa de seu portfólio e que você pode sempre ter uma visão de longo prazo, aplicando a maioria de suas reservas em renda fixa e uma parcela menor em renda variável.