Fundo de renda fixa: o que é e como funciona

Publicado em 09/05/2024 por LIV Capital

Muitos investidores brasileiros têm demonstrado interesse nos fundos de investimento. Esses fundos oferecem aos investidores uma variedade de investimentos em renda fixa a partir de um único produto. Continuando a leitura, você pode obter mais informações sobre esse tipo de investimento que é acessível a qualquer investidor no mercado financeiro.

Qual é a definição de fundos de renda fixa?

Para investidores que buscam investir uma parte de seu dinheiro em ativos de renda fixa, o tipo de investimento conhecido como fundos de renda fixa surge no mercado. Isso se deve ao fato de que esses fundos investem seu capital exclusivamente em títulos de renda fixa de emissão pública, como títulos do Tesouro, ou de emissão privada, sejam emitidos por instituições financeiras ou corporações.

Todo fundo de renda fixa é administrado por um gestor profissional, cuja função é decidir como distribuir os recursos do fundo de acordo com as regras definidas para esse tipo de fundo. É imperativo enfatizar que os fundos de renda fixa não podem investir em instrumentos de renda variável, como ações ou medas estrangeiras.

Os investidores participam destes fundos de renda fixa ao comprar cotas e recebem dinheiro por sua participação na modalidade de investimento. Ao fazer isso, o investidor pode variar sua carteira de investimentos no âmbito da renda fixa sem ter que comprar diferentes tipos de investimentos.

Como funcionam os fundos de renda fixa?

A decisão sobre a composição do portfólio do fundo de renda fixa, assim como em outros tipos de fundos, depende exclusivamente do gestor, sem intervenção dos cotistas.

Os fundos de renda fixa cobram uma taxa de administração de cada cotista. Os fundos podem também cobrar uma taxa de performance – uma bonificação paga ao gestor quando o fundo supera a rentabilidade do seu índice de referência – dependendo do tipo de fundo.

A falta de taxas de performance em certos fundos de renda fixa, como os fundos DI, pode ser atribuída à gestão passiva em vez de ativa, o que justificaria a cobrança de taxas adicionais pelos resultados obtidos.

A carteira do fundo de renda fixa, por outro lado, é composta apenas de títulos de renda fixa pré-fixados ou pós-fixados. Estes fundos geralmente investem em títulos de tesouro de baixo risco. Por exemplo, o fundo Tesouro Selic Simples, o BTG Pactual, os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e as Debêntures são exemplos de títulos de tesouro.

Tipos de fundos de renda fixa

No Brasil, você pode encontrar uma variedade de fundos de renda fixa. No entanto, os fundos de renda fixa mais procurados pelos investidores são os fundos de crédito privado, os fundos referenciados e os fundos não referenciados.

Aprenda mais sobre cada um deles abaixo:

Fundos referenciados

São fundos com o objetivo de monitorar de perto o desempenho de um indicador ou índice de referência. Por exemplo, os fundos referenciados DI buscam seguir a taxa CDI o mais próximo possível. Por exemplo, neste caso, a maioria da carteira do fundo é composta por ativos que acompanham o CDI.

Como resultado, a carteira de investimento dos fundos mencionados deve ser principalmente composta por ativos emitidos por entidades públicas ou privadas que acompanhem a variação e o desempenho do índice de referência para esta modalidade.

Os fundos referenciados DI também têm alta liquidez, o que significa que os cotistas podem solicitar o resgate do valor investido rapidamente. A maioria dos fundos listados permite o resgate imediato ou em D+1.

O Tesouro Selic Simples do BTG Pactual é um dos fundos listados que são ótimos para formar reservas de emergência devido à sua alta liquidez. O fundo oferece taxa zero de administração, tornando-o ainda mais atraente para os investidores investir em títulos do Tesouro em comparação com o aporte direto do investidor na plataforma do Tesouro Direto.

Fundos de Renda Fixa (não referenciados)

São fundos em que o gestor tem mais liberdade para exceder um indicador específico. A carteira desses fundos pode incluir títulos que acompanham ou não um índice de referência.

Além disso, os fundos não referenciados geralmente usam uma gestão mais ativa para aumentar a rentabilidade da carteira do fundo, aproveitando os movimentos do mercado, como a alta ou queda da inflação ou mesmo a mudança da taxa Selic.

Fundos de crédito privado

Como você já sabe, os fundos de renda fixa têm a opção de investir em títulos de emissão pública ou privada. Um regulamento de um fundo de renda fixa deve designá-lo como “crédito privado” se permitir que mais de 50% de seu capital seja investido em créditos privados.

O nome do fundo deixa claro para o investidor que ele investirá principalmente em títulos não emitidos pelo governo, o que os coloca em uma exposição um pouco maior ao risco de crédito. Inclusivamente, é possível que fundos referidos com essa característica tenham uma maior concentração em crédito privado, além de outros tipos de fundos de renda fixa com a mesma característica.

Estes fundos de renda fixa podem incluir vários tipos de crédito privado, como CDBs, debêntures, Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras Financeiras (LFs), entre outros.

O investidor que compra cotas de um fundo de renda fixa de crédito privado está sujeito a riscos mais elevados e pode perder alguma liquidez. Por outro lado, o investidor tem a chance de obter uma rentabilidade maior do investimento.

Quais são os gastos associados?

Como você já sabe, todos os investidores que escolhem aplicar em um fundo de investimento devem pagar uma taxa de administração, que é responsável por pagar o gestor e pagar as despesas relacionadas à gestão eficaz. No entanto, este aporte traz custos adicionais.

A incidência do imposto de renda é a primeira. A taxa de impostos aplicada aos fundos de renda fixa varia de 22,5% a 15%, dependendo do prazo do investimento. Além disso, o imposto come-cotas, recolhido antecipadamente em maio e novembro, é cobrado nos fundos de renda fixa.

O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) também é cobrado para investimentos com resgate em menos de trinta dias. Este IOF é cobrado de forma regressiva até o trintao dia do investimento.

Além disso, os fundos de renda fixa com gestão mais ativa costumam cobrar uma taxa de performance do investidor se a rentabilidade do fundo exceder o limite estabelecido. Vale lembrar que alguns fundos de renda fixa não cobram essa taxa de performance.

Por último, mas não menos importante, um investidor pode enfrentar a cobrança de uma taxa de saída de um fundo de renda fixa. A taxa de saída costuma ser cobrada quando um fundo permite que um investidor tenha o dinheiro disponível antes do prazo normal de carência para resgates estabelecido em regulamento. Ela só existe logo se o investidor quiser um resgate mais rápido.

Quais são os riscos associados a um fundo de renda fixa?

Ainda que alguns fundos de renda fixa contenham investimentos de menor risco, há riscos envolvidos no investimento. O grau de risco depende do tipo de fundo e dos investimentos incluídos na carteira de cada fundo.

Em primeiro lugar, é importante destacar que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) não fornece proteção aos fundos de renda fixa. Ainda assim, a grande variedade de ativos de um fundo de renda fixa acaba sendo o meio pelo qual o gestor regula a exposição do fundo e de sua carteira de ativos ao risco.

Portanto, o investidor deve ter em mente que os riscos associados aos aportes em um fundo de renda fixa estão muito relacionados aos ativos que fazem parte do portfólio de investimento do fundo. Quando se trata de um fundo de renda fixa, a maioria dos riscos está concentrada em fundos de crédito privado. É importante enfatizar o risco de liquidez e crédito de todos os ativos que compõem a carteira do fundo.

Para qual tipo de investidor este fundo é adequado?

Para qualquer investidor que deseja diversificar seu portfólio de maneira simples e contar com a gestão e administração profissional para a escolha de investimentos, os fundos de renda fixa podem ser uma boa opção de investimento. Isso porque eles abrem mão da sua autonomia para escolher os ativos e construir parte de sua carteira com fundos de renda fixa.

Por exemplo, muitos investidores podem ter problemas para montar uma carteira de investimentos ou não ter tempo suficiente para analisar os títulos de renda fixa disponíveis no mercado. Em situações como essa, os fundos de renda fixa podem ser uma opção a considerar, pois oferecem praticidade ao investidor. Além disso, um dos benefícios de usar um fundo de renda fixa é que permite que o investidor diversifique sua carteira com apenas uma aplicação.

Portanto, as principais vantagens deste tipo de fundo são a diversificação, a gestão profissional e a praticidade. A responsabilidade do investidor é determinar se o fundo atende às suas necessidades de investimento e se está alinhado ao seu perfil de risco e prazos.

Se bem fundamentado, o investimento em fundos de renda fixa pode oferecer vários benefícios ao investidor. Esse tipo de investimento pode ser mais uma opção para diversificar os investimentos, reduzir os riscos e construir um portfólio cada vez mais forte.

Como posso escolher o melhor lugar para fazer os meus investimentos?

Para tomar decisões de investimentos mais adequadas e alinhadas com seus objetivos, você deve contar com uma plataforma digital confiável e assessoria de investimentos competente. A escolha de um banco de investimentos conceituado e experiente pode ajudá-lo a encontrar as melhores opções de investimentos que se encaixam em seu planejamento pessoal.

Por isso, aconselho que você use a plataforma digital da LIV Capital, parceira do BTG Pactual.